quarta-feira, maio 28, 2008

CACOS DE VIDROS




Cacos de Vidro



A primeira vez que li.... recuei os olhos.... era muita dor...

Voltei outras vezes... e outras vezes... tinha medo... mas sentia-me atraída por este conto tal qual a mariposa pelo poste de luz...

Ela voa desafiando todos seus limites para morrer no calor da luz....




Bem, a história se passa em uma casa, o corredor de uma casa simples.
Estou nua, de coleira. É uma coleira grossa e grande, dura, marrom... velha, gasta como se muitas e muitas e muitas já a tivessem usado direto. Ela não tem nada de delicado ou feminino, é de cachorro mesmo, é grande, muito grande pra mim inclusive.
Eu estou toda descabelada, horrível, meu cabelo está horrível, em pé. Porque Ele puxa o tempo todo, mas Ele não puxa naquilo que comumente seria descrito como um ato erótico um puxar e acariciar, puxa como se fosse a guia da coleira e como se a dor que eu sinto ao ser arrastada por eles não existisse. Na verdade, pra Ele a minha dor não é relevante, ela não existe Nele. É como se fosse sempre pouca pra Ele... Ele não demonstra piedade e eu tenho medo Dele neste momento.
Então começa comigo assim, Ele na frente me arrastando pela raiz dos cabelos a passos rápidos e eu tentando meio de 4, meio curvada, muito curvada acompanhar os passos Dele, tropeço nas coisas, bato nas quinas, nada O pára, só o castigo.
Ele me bate.
No corredor, qdo tropeço, Ele pára e me bate. Bate com muita força na cara, muita força. Ele vê meu corpo fazer o movimento de entortar pro lado à medida que o bofetão me atinge e ri de mim, Ele ri satisfeito e cínico, Ele gosta de ver esse movimento do corpo entortando, vergando pro lado com o bofetão e repete muitas vezes, bem forte... há uma cane na outra mão Dele, mas Ele sabe que eu gosto dela e por isso Ele nunca a usa, embora sempre a carregue.
Ele cospe em mim.
Com gosto cospe e escarra e deixa meu rosto e cabelo melecado e diz coisas que nunca consigo assimilar, coisas que doem pq eu choro, me encolho e choro alto, são achincalhes, Ele diz e me olha nos olhos e ri de mim, me despreza, me desdenha e diz as coisas.
Eu acredito em tudo que Ele diz.
Ele é a minha lei.
Aí a gente chega num quarto, um quarto comum, onde há cama, guarda-roupa, essas coisas comuns. Ele pega cordas e as passa pelo meu corpo, imobilizando braços e pernas numa posição desconfortável, contorcionista, eu não sei explicar as pernas ficam abertas, não juntinhas, as cordas entre os lábios separando-os, muito exposta. É um ajoelhada mas muito entortada pra trás, amarrada como uma novilha, mas ajoelhada. Uma mordaça que mais parece um trapo também é usada. Ele se diverte, mas sempre me olha com desdém... às vezes se aproxima tanto de mim, Seu rosto chega tão perto do meu que eu sonho um beijo que nunca veio. E eu imploro com o olhar esse beijo que Ele finge que vai dar só pra me humilhar ainda mais.
Ele me mostra as lâmpadas.
São 3 lâmpadas sobre um pano em cima da cama. Ele dobra o pano sobre elas e dá pancadas no pano e ouço o barulho do vidro se quebrando. Calafrios percorrem meu corpo, eu sei que alguma coisa pavorosa vai me acontecer. Ele coloca o pano com os cacos expostos no chão em frente a cama, me pega e me coloca sobre eles.
Fico ali, sentindo minha carne ser cortada pelos cacos de vidro, arder, atônita sem saber se fico imóvel ou se busco qq outra posição, mas qq movimento faz cortar e sangrar mais e mais, estou com tanto medo e o coração salta, a adrenalina ta a mil. Eu não sei o que ainda vai acontecer, Ele sai e fico sozinha ali, ajoelhada.
Ele volta com ela, ela também usa a coleira, tosca igual a minha. Ele a coloca sobre a cama ajoelhada e usa nela a cane que eu desejo que Ele use em mim. Muitos e muitos golpes, vou olhando Ele fazer marcas nela, lindos vergões que Ele também gosta de contemplar. Ela é forte e apanha muito mesmo, ela gosta. Ele se cansa dessa brincadeira e vai fazendo muitas outras com ela, eu não existo, Ele nunca me olha. Nenhum dos dois me olham, eu sou um dos tapetes do quarto.
Ele dá prazer a ela, faz nela coisas que ela gosta e se excita com ela, com o suor dela, os gemidos dela, a dor dela, as lágrimas dela, o choro solto. Tudo nela tem mais valor. Ele a possui, ela é a fêmea dele.
Fode com ela daquele jeito que eu muda, suplico que Ele foda comigo. Fode. Com ela. Não é uma foda amorosa, Ele não a ama, Ele a deseja, macho e fêmea no quarto.
Ela geme de prazer e de dor, se é que ela distingue uma coisa da outra, acho que não, tudo é igual naquele instante... Eu apenas sangro de dor a cada mínimo movimento meu, a cada estocada Dele dentro dela e, a cada uma das estocadas Dele, eu imagino que é dentro de mim, que é o meu corpo que dá a Ele aquele tesão, aquele prazer... e que Ele me recompensa me comendo. Tudo que eu queria era que Ele me comesse, eu quero o desejo Dele, o tesão Dele. E eu sinto tesão me imaginando ali, no lugar dela, eu sei como é o toque Dele, o cheiro Dele, o gosto Dele, eu sei como é ter o pau Dele dentro de mim e dói saber e não ter e mais eu quero ter, tanto que chego a sentir que tenho, que é em mim que Ele fode daquele jeito.
Ele goza, daquele jeito Dele, altos uivos que assustam e felicitam. Encharca a buceta dela com a porra Dele.
Cansado se larga ao lado dela. Os dois imóveis suados, eu vejo a porra escorrendo de dentro dela, não consigo tirar os olhos da buceta dela molhada de porra, ele vê e faz novamente aquela cara de cínico.
Vem até mim e me desamarra e eu entendo... apenas obedeço a ordem que não foi pronunciada. Rastejo pra cima da cama, cacos enfiados rasgando meu corpo por dentro e por fora, eu no meio das pernas dela a limpo. Lambo tudo, tudo... cada gotinha, é a única maneira de tê-lo também dentro de mim.

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

.


Querida Denise...

Este texto é de tudo que já escrevi, a segunda coisa mais real, mais verdadeira, menos metafórica. Talvez por isso doa. Ele dói em mim também.

Obrigada :)

Beijo
.

6:12 PM  

Postar um comentário

<< Home